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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Como Céu e inferno.

Estive estes dias de Setembro falando a respeito de anjos e demónios. Ensinando lá em nossa igreja do Imirim. Muitas pessoas estavam por lá com paciência para me ouvir. Tentei ensinar alguma coisa porque tanta gente se diz expert nesta área, mas ainda prefiro não saber mais do que a Biblia ensina.
Gosto de ser brasileiro, porque é um povo único na terra, em muitos aspectos, principalmente no que diz sobre a miscigenação, a mistura das raças. Pode existir, e há, muita discriminação no Brasil. Mas talvez em nenhum país do mundo as raças se misturaram tanto como aqui. Isso é bom, como eu já escrevi, somos a mesma família.
Não estou fugindo do tema. É que muitas vezes queremos, nós brasileiros, misturar aquilo que não se mistura. Como óleo e água.
Muita gente tem misturado as Doutrinas Bíblicas com outras. É verdade, eu sei, nenhuma religião é pura, tudo bem... sempre tem um pouco de outras, eu concordo... inclusive o cristianismo tem a sua dose de sincretismo...  não vamos discutir por isso...
Mas há coisas que não se fundem, não convivem, não se misturam nem se bater no liquidificador.
Dentre elas, por exemplo a questão entre os anjos e demónios. Esta batalha mística desperta no homem a necessidade de ter certas respostas para que se aquietem seu coração e sua mente.
Mas nem sempre estas respostas estão na Bíblia. Nesse terreno obscuro onde não a certeza bíblica não é plena, no meio chamado evangélico ou gospel aparece de tudo ... a imaginação vai longe, vai até terreiros de candomblé, a centros espíritas, por exemplo, buscar respostas nos orixás. Como por exemplo para achar nomes interessantes para se dar aos "demónios". Dentre eles estão a famosa pomba-gira, exus de todo o tipo, inclusive o mais recente e barretense Boiadero.
Será que é possível misturar essas coisas tão diferentes?
É aceitável se misturar igreja com terreiro, interpretar a Bíblia segundo orixás?
Ou ainda dar um pitada de Kardec no nosso culto?
Sal grosso, água para benzer, limpar, curar, descarregar, feitiços para quebrar outros feitiços, "boa cumba" para quebrar a "má cumba". Desculpe eu me estender, mas eu ouvi um bispo (ou coisa que o valha) em uma destas rádios loteadas para todo o tipo de bichos, pedindo para uma mulher largada pelo marido, trazer uma cueca para ele desfazer a macumba, ou seja, fazer uma "boacumba". Para com isso!!!!
O poder que a Bíblia confere a Cristo, e que eu creio, está em crise, seu nome já não é suficiente, precisamos de algo mais, um tempero diferente, um ebó, um presente para mover o divino, "que afinal está de má vontade conosco".
Interessante é que as igrejas que mais "atacam" os candomblecistas e todos os seus sincretismos são os que mais se apropriam de seus rituais.
Enfim, estas doutrinas não se misturam, não dá para ficar com um pé em cada, são de naturezas diferentes, são como óleo e água, ................................................são como Céu e Inferno.

Um comentário:

  1. É meu amigo, você retratou bem, essa é a realidade na maioria das igrejas, nosso coração se enche de tristeza...pior é, que muitos líderes sérios, temendo perder "suas" ovelhas, imitam esses métodos, que do ponto de vista comercial, dá muito certo, já que nosso povo consumidor da religião está sugestionado a isso.
    Nosso desafio nesse tempo é continuar orando e pregando o Evangelho de Jesus sem acréscimos ou diluições, crendo no poder dA Palavra e do Espírito, em convencer o homem, sem fetiches, as mandingas evangélicas, os oléos de Israel, ou coisa parecida. Alegre ficou Jesus pela fé daquele que afirmou, "Dize, porém, uma palavra,e o meu servo será curado".Lc.7:7

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