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sexta-feira, 30 de abril de 2010

Dia do Trabalho

Você sabe o porque deste dia? Vou lhe contar: Na cidade de Chicago, nos EUA, no dia 1º de maio de 1886 um grupo de trabalhadores foram à rua para reivindicar direitos em razão da situação desumana que trabalhavam. Pediram, principalmente, a redução de 13 para 8 horas diárias de serviço.
Esta manifestação foi duramente reprimida. Em meio a discursos e gritos de ordem, muitos foram presos, feridos havendo até mortos entre trabalhadores e policiais.
Alguns anos depois, em 1889, em Paris, foi escolhido este dia "1º de Maio" como o "Dia do Trabalho" em homenagem aos trabalhadores que sofreram e morreram naquele fatídico dia.
É muito interessante a história do homem. Sempre aqueles que pensam à frente do seu tempo, aqueles que tem coragem de falar, doa a quem doer, são os mais combatidos, são os que sofrem.
Algumas pessoas vêem à minha mente, Lutero, M. Luter King, o nosso Tiradentes, Chico Mendes, dentre tantos, cada um com sua história, erros e acertos. O mais incrível é que depois de algum tempo quase todos são elevados quase a condição de santo. Me lembra as palavras de Cristo, que é o maior exemplo deste fato, o qual não se compara a nenhum outro. Certa vez ele em um embate com os religiosos da época, dizendo que eles edificavam túmulos dos profetas ques seus pais mataram.
Hoje não mudou muita coisa. Criamos monumentos para exaltar o nome de quem nossos pais perseguiram e mataram. Precisamos a prender a ver as pessoas de maneira diferente. Estar aberto à verdade. Não a nossa verdade, aquele que aceitamos como tal, mas pronto para receber e entender o que realmente Deus quer dizer a nós, qual é a sua vontade para o nosso tempo.

Hoje é muito comum discutirmos sobre Teologia que se ela fosse divina. Não o é. É humana, completamente vínculada e criada à partir de um contexto histórico e cultural, verdade dura de acreditar (para mim foi). A Revelação é divina, a interpretação é humana. A Bíblia é a palavra de Deus, o que Deus, nos falou a respeito dele e de nós. A Teologia é o que o homem entende disso, o estudo de Deus pelo homem.

Precisamos estar de ouvidos abertos para ouvir o que Deus tem falado em nosso tempo. Não podemos cair na tentação do popular, da busca da fama, mas sim, naquilo que santo e agradável a Deus, ou seja, aquilo que transmite vida. Também não podemos nos fechar em uma teologia que em nada tem relação com nossa realidade. Muitas vezes apontando nossos dedos, muitas vezes sujo, para criticar outros, sem olharmos para o espelho e descobrirmos quem somos.

O evangelho está mudando. Cada vez mais rápido. Bom ou mau? Precisamos esperar ainda para julgar, mas não podemos deixar de participar, influênciar, mudar...
Temos que abrir a nossa boca para falar, mesmo que nossa geração nos crucifique, isso sempre aconteceu, mas, afinal, não é para isso que somos chamados?

"tome sua cruz e me siga..." (Jesus Cristo)

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Como nossos pais...

Criei este espaço para eu poder me expressar aquilo que penso, ouço, vivo, me alegro, sofro, venço, perco, faço, omito, crio, destruo, porque há tempo para tudo na vida de um homem, inclusive de um cristão, de um pastor.

Estive pensando em minha mãe, a Miss. Olindina Spioni, que a pouco partiu. Que grande história ela teve. Foi, praticamente, uma órfã, criada em um convento de freiras em Florianópolis depois que perdeu o pai antes de nascer, e depois sua avó, que a criava. Saiu lá do Sul, foi atraída para esta grande metrópole de São Paulo, depois de uns percalços, conheceu meu pai e se apaixonaram. Criaram uma linda família. No final da década de sessenta teve uma experiência de conversão que mudaria sua vida, e a vida de toda a família.
Conheceu o evangelho por meio de uma igreja que estava começando seu grande movimento, O Brasil para Cristo, sob a liderança do Miss. Manoel de Mello.
A história é longa, demanda um livro, que sonho em fazer, contando como as coisas eram difíceis naquele tempo, e poucos se aventuravam a pregar o evangelho. Posso resumir falando que ela foi uma das melhores evangelistas que conheci, não de púlpito, mas no corpo a corpo. Ainda me lembro algumas vezes que ia com ela pelas "quebradas" da favela, em Vila Albertina, onde a igreja Batista tinha sido apedrejada, e a Assembleia de Deus expulsa. Mas com amor e paciência, ela com algumas outras valentes, fundaram a igreja que até hoje existe. Fruto que permanece.
Seu trabalho rendeu a fundação de várias outras igrejas, além da Vila Albertina, a de Furnas e Jardim Brasil, ainda no tempo do O Brasil Para Cristo, e Betel Brasileiro em São Paulo, além da nossa Comunidade Cristã Vida, onde encerrou sua carreira.
Lembro ainda que quando ainda relutava em abrir mais uma igreja, já no início da sua velhice, ela teve um sonho, sonhou que Deus queria lhe dar um novo filho, o quinto, mas ela não queria aceitar. Depois ela entendeu que se tratava deste novo filho, não o quinto filho natural, este sou eu, mas sim a quinta igreja.
Pois bem a Comunidade Cristã Vida, carinhosamente apelidada de CCV, nasceu, cresceu, e tem se expandido. Glorias a Deus.
Pensando em sua história, logo penso na minha. Quero também deixar um legado, algo que façam as pessoas se inspirarem em ter uma vida reta, diante de Deus, que leva mais a sério as suas coisas.
Da minha mãe a imagem que guardo não é da serva de Deus, apesar de realmente ser, mas sim de uma mãe de verdade, que, apesar de se gastar na obra de Deus, nunca faltou como mãe, no amor, na atenção, na responsabilidade com os filhos, na segurança que nos transmitia, que nos fez a nós, seus filhos, desejosos de ter também uma familha como a que formou com meu pai.
Isso é o que quero deixar para os meus filhos, e para todos os meus irmãos em Cristo.